A Gol (GOLL4) tentará, pela terceira vez, incorporar sua controlada Smiles. Será a terceira tentativa, e a previsão da companhia aérea é concluir o negócio até 19 de abril de 2021. A empresa quer negociar os termos da proposta até o dia 11 de janeiro com um comitê de conselheiros independentes da Smiles. No dia 18 de janeiro deve ser realizada uma assembleia com os acionistas para eles decidirem se aceitam ou não a incorporação. Foram apresentadas três alternativas para os acionistas da Smiles. Eles poderão trocar cada ação ordinária por 0,825 ação da Gol ou receber R$ 22,32 em dinheiro. Também será permitido uma combinação de ações preferenciais da Gol e de dinheiro. Pelos cálculos do vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, se a opção for por metade das ações por papéis da Gol e a outra metade por dinheiro, a aérea teria um desembolso entre US$ 100 milhões e US$ 125 milhões em abril de 2020. As tentativas anteriores de incorporação da Smiles foram barradas por acionistas minoritários.

PRIVATIZAÇÃO
Neoenegia compra a estatal CEB-D

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A Neoenergia (NEOE3) comprou a estatal CEB-D, responsável pela distribuição de energia no Distrito Federal, pagando R$ 2,515 bilhões, um prêmio de 77% em relação ao preço mínimo. O leilão teve a participação da Equatorial Energia (EQTL3) e da CPFL (CPFE3), cujo lance foi de R$ 2,508 bilhões, apenas levemente abaixo da proposta vencedora. A CEB-D vem acumulando prejuízos e elevando seu endividamento nos últimos anos e não tem conseguido cumprir as metas regulatórias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

PAPEL
Klabin vai colocar Puma II em atividade e melhora governança

A Klabin deverá entrar em um novo ciclo em 2021, com a entrada em operação da primeira máquina do projeto Puma II. Consumindo investimentos de R$ 9,1 bilhões, o projeto deverá aumentar a capacidade de produção da companhia em 930 mil toneladas anuais de papéis, em especial o papel para embalagem. A companhia tem gerado resultados consistentes ao longo dos anos, ampliando sua liderança no mercado de papéis para embalagens e mostrando um crescimento sistemático no faturamento. Outro avanço é na governança corporativa, com o fim do pagamento de royalties para a família fundadora, que possuía os direitos sobre a marca Klabin

PETRÓLEO
3R Petroleum faz oferta bilionária

Estreante na Bolsa, a 3R Petroleum (RRRP3) surpreendeu o mercado ao fazer um lance de US$ 1 bilhão para a aquisição dos ativos de gás e óleo do polo de Urucu, no Amazonas, que foram colocados à venda pela Petrobrs. O lance seguinte foi da Eneva (ENEV3), de US$ 600 milhões. A proposta da 3R Petroleum, dedicada à exploração de ativos petrolíferos maduros, representa mais do que o dobro de seu valor de mercado.

DESTAQUE DO PREGÃO
Setor de saúde vai às compras

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O setor de saúde esteve ativo nos primeiros dias de dezembro. Além do IPO da Rede D’Or, várias companhias foram às compras. Na terça-feira (8) houve duas aquisições. A NotreDame Intermédica (GNDI3), presidida por Irlau Machado, pagou R$ 240 milhões pelo hospital da Lifetime em Belo Horizonte (MG), e a Qualicorp (QUAL3) comprou os contratos dos planos de saúde e odontológicos da Muito Mais Saúde (MMS) e da Soma Corretora de Seguros, por R$ 176 milhões. Pelas contas do mercado, a aquisição incorporou 55 mil beneficiários às 2,5 milhões de vidas atendidas pela empresa. E no dia 3 de dezembro, a Dasa adquiriu o tradicional grupo Leforte, dono de três hospitais e de cinco clínicas na Grande São Paulo, por R$ 1,77 bilhão.

QUEM VEM LÁ
Kalunga anuncia IPO

A Kalunga protocolou um pedido de abertura de capital na CVM no dia 4 de dezembro. A oferta será tanto secundária (venda de ações já existentes) quanto primária (novas ações). A empresa é uma das líderes do mercado de suprimentos de material de escritório e escolar, com uma participação estimada em 13%. Nos três primeiros trimestres deste ano, a companhia faturou R$ 1,3 bilhão e lucrou R$ 24,1 milhões.