Após receber mais de US$ 60 milhões em créditos fiscais, com a contrapartida de que deveria funcionar até 2040 com uma fábrica em Lordstown, Ohio, a General Motors agora terá de pagar uma multa de US$ 28 milhões por ter desativado a unidade de produção na cidade norte-americana.

A montadora prometeu que manteria as operações ativas na cidade, mas acabou fechando a fábrica local em outubro do ano passado, alegando que a derrocada do mercado de carros compactos atingiu em cheio a produção de veículos na fábrica, responsável pelo Chevrolet Cruze.

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Mesmo assim, as autoridades de Ohio disseram que o fechamento da fábrica violou dois acordos de desenvolvimento econômico que a GM assinou há pouco mais de 10 anos. Segundo o ProPublica, entre 2009 e 2016, a montadora recebeu mais de US$ 60 milhões em isenções fiscais para manter as operações e empregar 4 mil pessoas.

Na segunda-feira (27), a Justiça ordenou o pagamento de metade do que foi recebido em benefícios, além de outros US$ 12 milhões em apoio à região do Vale Mahoning, onde a fábrica estava localizada. Esse dinheiro é redirecionado para educação e treinamento profissional na Youngstown State University e outras faculdades, programas comunitários e projetos de infraestrutura local.

A General Motors aceitou o acordo costurado nos Tribunais, já que muitos agentes políticos fizeram pressão por um reembolso total por parte da construtora. Ou seja, os US$ 28 milhões eram, economicamente falando, mais viáveis para a empresa.