LUBBOCK, Estados Unidos (Reuters) – A Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, organizadora da cerimônia anual do Globo de Ouro, afirmou na sexta-feira que apresentará o prêmio para televisão e cinema em janeiro, apesar da emissora norte-americana NBC ter decidido em maio não veicular mais o programa.

A associação recebeu críticas por questões éticas e falta de diversidade racial em seus membros, levando a NBC a desistir de transmitir o Globo de Ouro, realizado pelo grupo. Os membros do grupo também foram acusados de fazer comentários sexistas e racistas e de terem pedido favores a celebridades e estúdios.

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A associação afirmou em comunicado à imprensa que as indicações serão anunciadas em 13 de dezembro e que realizará a 79ª cerimônia do Globo de Ouro em 9 de janeiro. O grupo não anunciou se ela será televisionada.

Em maio, a entidade concordou em recrutar mais membros negros e fazer outras mudanças. Em julho, proibiu que seus membros recebam presentes e viagens de graça de estúdios e redes de TV que querem assegurar prêmios para seus programas e estrelas.

A cerimônia do Globo de Ouro, frequentada pelos principais nomes da indústria do entretenimento, se estabeleceu como um dos maiores eventos de premiação anuais de Hollywood no aquecimento para o Oscar. Mas tem sido alvo de críticas após reportagem publicada em fevereiro pelo jornal Los Angeles Times, que mostrou que o grupo com 87 jornalistas não tinha nenhum integrante negro.

A atriz Scarlett Johansson e outros críticos, como Netflix, Amazon Studios, WarnerMedia e dúzias das principais empresas de publicidade de Hollywood, disseram que não trabalhariam mais com a entidade, a menos que ela promovesse profundas alterações. Em maio, o ator Tom Cruise devolveu as três estatuetas do Globo de Ouro que havia recebido.