Além da recessão de 2015 e 2016, que foi sentida nos mais diferentes setores da economia, o varejo e o setor de serviços, como o de telemarketing, passam por mudanças profundas, com a substituição cada vez mais visível de empregados pela tecnologia. Se no supermercado, os caixas têm dado lugar ao autoatendimento, o atendente de telefone é trocado cada vez mais pelas gravações.

Na empresa de teleatendimento Atento, o número de empregados até aumentou este ano, em relação ao registrado logo depois da crise, em 2017, mas é 11% menor do que o dado de antes da recessão.

“Dificilmente as empresas que oferecem vagas de trabalho de baixa qualificação vão voltar a empregar tanto quanto empregavam antes da crise, e 2 em cada 10 desempregados podem ficar fora do mercado em dez anos, caso não sejam requalificados”, diz.

A saída, ele completa, passa pelo treinamento e aumento da produtividade do trabalhador, por iniciativa do poder público e das empresas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.