O conselho de diretores da Renault afirmou nesta terça-feira que Carlos Ghosn continua como executivo-chefe da montadora, mesmo após ter sido detido no Japão pelo suposto uso indevido de ativos da Nissan e por evasão fiscal. O conselho decidiu, porém, apontar Thierry Bolloré como vice-executivo-chefe, enquanto Ghosn está “temporariamente incapacitado”.

A companhia francesa emitiu um comunicado, após uma reunião de três horas do conselho. Segundo a nota, o conselho “não é capaz de comentar sobre as evidências aparentemente reunidas” pela Nissan e por autoridades japonesas contra Ghosn, detido na segunda-feira. Com isso, Bolloré estará no comando “em uma base temporária”. O conselho pediu que a Nissan envie todas as informações disponíveis em sua investigação interna no caso. Nesse ínterim, Bolloré terá os mesmos poderes de Ghosn, diz o comunicado.

A nota diz ainda que o conselho da Renault endossa o apoio expressado pela gerência da Nissan à Aliança Renaut-Nissan-Mitsubishi, “que continua a ser uma prioridade para o Grupo”.