O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a gestão do presidente Michel Temer será marcada por “grandes reformas”. Segundo Padilha, Temer está fazendo em pouco tempo o que outros governos não fizeram em décadas. Ele considera que a reforma da Previdência será aprovada na Câmara e no Senado até julho deste ano, mas também conta com a aprovação das reformas trabalhista e fiscal.

“Temos ainda a reforma trabalhista, que está já no Congresso, e estamos começando a trabalhar com grupos para a reforma fiscal. Então estamos chegando em um ponto que o governo Temer será o grande governo de reformas. E nem é um governo de quatro anos, é um governo de dois anos e meio. Estamos fazendo em um ano aquilo que não se fazia há 20 anos, no que tange à reforma”, disse o chefe da Casa Civil.

Padilha defendeu a reforma previdenciária como a única forma de garantir os direitos dos atuais aposentados e daqueles que ainda virão. “Se mantivermos só o teto e não aprovarmos a reforma da Previdência, no ano de 2025 não haverá nem um centavo a mais no orçamento da União que não seja folha de pagamento, saúde, educação e previdência, de resto mais nada existirá”, justificou.

Ele alegou que esta não é uma questão do governo, e sim da população. “Tem que aprovar (a reforma) para poder preservar o sistema. Temos, sim, que fazer com que essa reforma aconteça. Todo mundo já sabe que esse assunto é absolutamente indispensável para população brasileira. Neste ano de 2016, o déficit que tivemos na Previdência foi de R$ 227 bilhões”, declarou.

O ministro negou que o governo tenha perdido apoio da base aliada por causa da disputa pela presidência da Câmara, nesta quinta-feira, 2. “O governo não trabalha com recomposição de base porque a base está composta, não houve nenhuma decomposição. Tivemos disputa na base, o que é compreensível, mas não houve nenhum rompimento com governo. Democracia se faz com disputa”, rebateu.

Para ele, a eleição de dois governistas para o comando da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fortaleceu a base. Apesar disso, Padilha fez um afago aos aliados que perderam. “Logo depois da disputa o vencedor é homenageado por todos. Mas também temos que ter compreensão com aqueles que perderam por parte do governo e dos demais membros da base.”