George Floyd, o americano negro cuja morte nas mãos de um policial branco desencadeou uma onda de protestos nos Estados Unidos, morreu vítima da “pandemia de racismo e discriminação”, disse o advogado de sua família nesta quinta-feira(04), durante uma cerimônia em sua homenagem.

O advogado Ben Crump deu a declaração depois que a autópsia de Floyd confirmou sua morte por asfixia e revelou que ele havia sido infectado pelo coronavírus.

Mas “não foi a pandemia de coronavírus que matou George Floyd. Foi a outra pandemia, a pandemia de racismo e discriminação”, disse.

Crump prometeu “obter justiça para George Floyd”, que morreu em 25 de maio durante sua prisão em uma rua de Minneapolis, depois que um policial se ajoelhou no pescoço por quase nove minutos.

Os membros da família de Floyd, o reverendo Jesse Jackson, o governador de Minnesota Tim Walz, a senadora do Estado do Texas Amy Klobuchar e o prefeito de Minneapolis Jacob Frey estavam entre as centenas de pessoas que participaram da cerimônia, realizada em North Central University.

O ativista dos direitos civis Al Sharpton pronunciará uma elegia em homenagem a Floyd, 46 anos, que será enterrado em sua cidade natal, Houston, Texas.

Quatro policiais foram detidos por seu papel na morte de Floyd, que desencadeou uma onda de protestos contra o racismo não vistos nos Estados Unidos desde o assassinato de Martin Luther King Jr. em 1968.