SÃO PAULO (Reuters) – O líder da corrida ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), repetiu os mesmos 44% de intenções de votos de uma semana atrás, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) oscilou 2 pontos percentuais para cima e agora tem 34%, mostrou pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira.

A variação do candidato à reeleição está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Esta é a primeira pesquisa Genial/Quaest após o início da propaganda de rádio e TV, do debate dos presidenciáveis e do pagamento da primeira parcela do valor encorpado do Auxílio Brasil, que passou em agosto de 400 para 600 reais.

Em terceiro lugar, aparece Ciro Gomes (PDT), com 7% (ante 8% na sondagem anterior), em empate técnico com a senadora Simone Tebet (MDB), que registrou 4% (ante os 3% anteriores). Felipe D’Avila chegou a 1% nesta semana.

Os indecisos ficaram em 5% (ante 6%), enquanto os votos brancos e nulos e os que dizem que não irão votar somaram 4% (ante 5%).

No caso de um segundo turno entre os dois líderes, Lula repetiu a taxa de 51% das intenções de voto e Bolsonaro, assim como para o primeiro turno, oscilou 2 pontos para cima e foi agora a 39%.

O resultado da nova pesquisa mostra que o pagamento da primeira parcela do novo valor do Auxílio Brasil não teve um forte impacto na disputa, ao menos por ora. Entre os que recebem o auxílio, 55% declararam intenção de voto em Lula, ante 54% no levantamento anterior. Do lado de Bolsonaro, o apoio passou a 29%, ante 25%.

O presidente teve oscilação positiva em sua liderança no eleitorado evangélico, que sempre recebe atenção especial do candidato à reeleição, com 53% (ante 51%), enquanto Lula foi a 26% (ante 27%).

Mas os esforços de Bolsonaro para melhorar seu desempenho entre as mulheres segue derrapando. O presidente aparece com 30% (ante 29%), enquanto o petista manteve os 45% anteriores.

Na resposta espontânea para o primeiro turno, quando o pesquisador não apresenta o nome dos candidatos ao entrevistado, Lula apareceu com 34% contra 29% de Bolsonaro — o placar anterior era de 32% a 25%.

No aspecto da rejeição o presidente viu seu índice oscilar 2 pontos para baixo, passando a 53%, ainda acima do percentual dos que rejeitam Lula, que se mantiveram em 44%.

O levantamento também apontou uma melhora dentro da margem de erro na avaliação do governo Bolsonaro.

Para 32%, o governo é ótimo ou bom, em comparação aos 30% de uma semana antes, enquanto 39% veem a administração como ruim ou péssima, ante 40%. Os que avaliam o governo como regular passaram a 26%, ante 27%.

Na pesquisa encomendada pela Genial Investimentos, o Quaest ouviu 2.000 pessoas de forma presencial entre os dias 1 e 4 de setembro.

(Por Alexandre Caverni)

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