O secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, e o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, voltaram a pedir, este sábado, que a China permita uma apreciação de sua moeda, o iuane.

“É preciso fazer algo com relação ao iuane”, afirmou Strauss-Kahn durante entrevista coletiva em Busan, Coreia do Sul, após reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20.

“O FMI continua pensando que o ‘renminbi’ (iuane) está substancialmente subavaliado”, acrescentou, destacando que este não é mais que “uma parte” dos problemas que afetam a economia e que, inclusive uma apreciação de 20% ou 25% do iuane não resolveria os desequilíbrios mundiais.

Durante a coletiva, Geithner afirmou por sua vez que durante os debates se fez alusão à questão da moeda chinesa, o que não se refletiu no comunicado final do fórum de países industrializados e emergentes.

“No G20, debatemos sobre a forma em que a tendência crescente nos Estados Unidos para uma poupança mais importante deveria ser completada por um crescimento mais forte da demanda interna no Japão e nos países europeus que se beneficiam de um excedente e por uma alta sustentada da demanda interna, assim como por uma política de câmbio mais flexível na China”, disse.

Há dois anos, o iuane está bloqueado em uma margem de flutuação estreita com relação ao dólar. Os Estados Unidos acusam Pequim de manipular sua moeda para lhe dar vantagem competitiva.

roc/ebe/mvv