Animais como ouriços, coelhos e até gatos domésticos têm potencial para abrigar novas cepas de coronavírus, de acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido.

Os cientistas usaram um equipamento para prever associações entre 411 cepas de coronavírus e 876 espécies de mamíferos que podem ser hospedeiros potenciais. Os resultados indicam que o ouriço comum, o coelho europeu e o gato doméstico podem ser hospedeiros de novos coronavírus.

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Entre as principais prioridades está o morcego amarelo asiático, um conhecido hospedeiro coronavírus comum no Leste Asiático, mas não bem estudado. Prever quais animais poderiam ser a fonte de um surto de coronavírus futuro pode ajudar a reduzir o risco de infecção em humanos.

Apesar do lançamento massivo das vacinas covid-19, a equipe da Universidade de Liverpool afirma que a recombinação de outros coronavírus com o SARS-CoV-2 é a “ameaça imediata à saúde pública”.

“Tal recombinação poderia facilmente produzir mais novos vírus com a infectividade do SARS-CoV-2 e patogenicidade adicional ou tropismo viral de outras partes do coronaviridae”, dizem os pesquisadores.

Compreender como diferentes mamíferos são suscetíveis a diferentes coronavírus pode oferecer uma visão sobre onde a recombinação pode ocorrer.

Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde admitiram no início deste mês que sua missão investigativa em Wuhan ficará aquém de seu objetivo de revelar como o coronavírus passou de animais para humanos, o que significa que talvez nunca saibamos sua origem.