Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que apesar de esforços dos governos estaduais em conter gastos com servidores ativos, o crescimento dos gastos com inativos cresceu em proporção 10 vezes maior. Entre setembro de 2017 e agosto de 2018, as despesas com ativos aumentou em 0,8% enquanto que com aposentados e pensionistas o crescimento foi de 7,5%.

Desde 2014, 20 Estados reduziram o número de funcionários, porém o número de aposentados cresceu em 24 federações. Com resultado, no período aferido, o número total de servidores estaduais ativos no país diminuiu em 1,6% enquanto o de inativos cresceu 5,6%. Segundo especialistas, o sistema previdenciário sofrer de dois principais problemas.

O primeiro é o aumento da expectativa de vida, fazendo com que recebam pensão por mais tempo. O outro é a concentração de contratações de categorias cujas regras de aposentadoria são especiais, podendo se aposentar mais cedo, como é o caso de bombeiros, policiais e professores.

Segundo o Ipea, os dados dos primeiros oito meses de 2018 mostram que a maioria dos governos estaduais ainda enfrenta desequilíbrios de ordem fiscal e financeira. O fato de a crise ser praticamente generalizada sugere que os ajustes feitos não foram suficientes para evitar maior desequilíbrio das contas públicas após a crise econômica, iniciada em 2014.

Os investimentos somaram R$ 16,7 bilhões de janeiro a agosto e estão no segundo patamar mais baixo desde o início da série histórica, em 2008. Houve um aumento de R$ 1,4 bilhão em relação ao mesmo período ao ano anterior, por causa das eleições, fato comum para o período.