O consumidor vem notando uma alta no preço do gás de cozinha. Somente na última semana de outubro, o botijão de 13 kg chegou a ser vendido por R$ 105. O valor recebeu um acréscimo de R$ 5 em relação à semana anterior, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com a alta, a primeira pergunta seria se o preço estaria relacionado com a inflação. E a resposta é: não. Os preços do gás subiram mais que a inflação geral. Em outubro, o botijão aumentou 2,07%, enquanto o IPCA-15 avançou 0,94%. No ano, o gás de botijão acumula um avanço de 5,47%, contra uma inflação geral de 2,31%.

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Motivo do preço mais caro

De acordo com Rodrigo Leão, coordenador técnico do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ouvido pelo site 6 minutos, existe uma combinação de fatores influenciando o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): a política da Petrobras, a desvalorização do real e os custos de logística.

A Petrobras anunciou um aumento de 5% para o GLP (aumento do gás de cozinha hoje), em vigor desde quarta-feira (4). Já o reajuste no acumulado do ano é de 16,1%.

“A Petrobras segue uma política de preços que acompanha o mercado internacional, e os preços internacionais subiram muito nos últimos três meses”, disse Leão.

Outra questão é que o Brasil importa uma parte do GLP consumido internamente. Com o aumento da demanda durante a pandemia, foi necessário aumentar as importações.