Trabalhadores da área de limpeza urbana da cidade de São Paulo realizaram uma paralização nesta terça-feira (8), que teve duração de 24 horas – até às 5h da manhã desta quarta-feira (9).

A medida foi um protesto pela vacinação da categoria contra a Covid-19. Caso não sejam atendidos, os trabalhadores projetam uma nova paralisação ou greve.

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Cerca de 17 mil trabalhadores da limpeza urbana aderiram à greve. Ao todo, 18 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas na capital paulista.

Prefeitura pretende tomar medidas legais

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), disse em nota que “a abertura de novos grupos depende da chegada de novas doses de vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde aos Estados que repassam aos municípios”.

Sobre a paralisação, a Amlurb informa que não foi notificada formalmente. “Por se tratar de um serviço essencial, foi desrespeitada a lei geral de greve, que determina em seu artigo 13 a comunicação com 72 horas de antecedência para qualquer paralisação, além da exigência de que mantenha em operação equipes necessárias para atender a população, conforme o artigo 11 da mesma lei. Pelo descumprimento e para garantir a prestação do serviço essencial à população, a Prefeitura vai tomar as medidas legais cabíveis”.

O Siemaco-SP, por sua vez, afirma que não houve greve, mas uma paralisação para chamar a atenção da Prefeitura e imprensa à causa da categoria.

O que diz o sindicato?

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco-SP) e o Sindicato dos Rodoviários e Setor Diferenciado de São Paulo (STERIIISP), que respectivamente representam os trabalhadores da limpeza urbana e os motoristas da categoria na capital, aguardam uma resposta positiva para a vacinação, que segue em negociação.