Uma expedição de cientistas e guardas florestais vai fazer um censo inédito da população de iguanas-rosadas, uma espécie endêmica do vulcão Wolf, no Pacífico equatoriano, informou o Parque Nacional de Galápagos (PNG) nesta quarta-feira (4).

Durante dez dias, cerca de 30 pessoas “visitarão a área de vida das iguanas-rosadas do vulcão Wolf, no norte da Ilha Isabela (a maior do arquipélago) para realizar um censo abrangente da população desses répteis”, informou o PNG em sua conta do Facebook.

A expedição voltará no dia 12 de agosto com informações sobre as iguanas-rosadas, que foram descritas para a ciência em 2009 e habitam exclusivamente uma área de 25 quilômetros quadrados no vulcão Wolf, no arquipélago de Galápagos, declarado Patrimônio Natural da Humanidade e reserva da biosfera por sua flora e fauna únicas no mundo.

Alguns monitoramentos realizados da espécie sugerem que possa haver cerca de 350 exemplares. No entanto, até agora “nenhum jovem foi descoberto”, disse à AFP Washington Tapia, diretor de conservação da ONG americana Galapagos Conservancy, que organizou a expedição junto com a PNG.

O plano da expedição é “tentar entender o real estado dessa população” de iguanas para “traçar um plano de ação para o manejo da espécie”, disse Tapia, acrescentando que os cientistas também buscarão “tartarugas híbridas de interesse para a conservação”.

No ano passado, outra equipe de pesquisadores encontrou no vulcão Wolf uma fêmea com alta carga genética da espécie Chelonoidis abingdonii, uma variedade de tartaruga gigante considerada extinta na Ilha da Pinta e à qual pertencia o emblemático George Solitário, que morreu em 2012 após se recusar a acasalar em cativeiro com fêmeas de subespécies relacionadas.

A PNG estima que existam entre 10 mil e 12 mil tartarugas nesse vulcão, em uma área de 600 quilômetros quadrados.

O arquipélago de Galápagos, localizado a 1.000 km da costa do Equador, inspirou a teoria da evolução das espécies de Charles Darwin.