A Gafisa fechou o segundo trimestre de 2020 com prejuízo líquido de R$ 23,545 milhões. A perda foi 85% maior do que no mesmo período de 2019, quando a incorporadora sofreu um prejuízo de R$ 12,724 milhões, de acordo com balanço publicado nesta terça-feira, 11.

A piora nos números reflete a crise provocada pelo coronavírus, que diminuiu o volume de vendas, derrubando a receita e interferindo na diluição de despesas.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 7,722 milhões, encolhimento de 79,4% na mesma base de comparação. A margem Ebitda recuou de 14% para 9,2%.

A receita líquida totalizou R$ 83,8 milhões, baixa de 15,9%, em função do menor volume de vendas. As despesas gerais e administrativas aumentaram 34%, para R$ 19,180 milhões.

Por conta da pandemia, a Gafisa não retomou lançamentos no trimestre, como havia planejado. As vendas líquidas somaram R$ 19,840 milhões, recuo de 64,7%.

Na apresentação dos resultados, a companhia disse que registrou crescimento das vendas no fim do trimestre e que as vendas de julho foram as melhores nos últimos 18 meses.

Em relação aos lançamentos, a Gafisa informou que tem três empreendimentos em fase de pré-lançamento, com valor geral de vendas (VGV) total de R$ 288 milhões.

“Depois de adiar a retomada dos lançamentos em função das condições de mercado decorrentes da pandemia, entendemos que já há condições mínimas para a retomada dos lançamentos”, afirmou a direção.

A Gafisa entrou quatro empreendimentos entre abril e junho, com um VGV total de R$ 543 milhões. Para todo o ano está prevista a entrega de um total de oito empreendimentos, correspondentes a R$ 765 milhões de VGV e 1.350 unidades.

A Gafisa terminou o trimestre com dívida líquida de R$ 103,493 milhões, corte de 82,4%. Já o total de recursos em taxa subiu 212%, para R$ 570,156 milhões. Isso aconteceu porque o aumento de capital aprovado em abril de 2020 levou para o caixa da companhia R$ 259,7 milhões.