A nuvem de gafanhotos avistada em cidades argentinas segue se movimentando pelo País. De acordo com o último levantamento do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), do governo argentino, os insetos estão a 130 km em linha reta do município de Barra de Quaraí, no oeste do Rio Grande do Sul, e da cidade de Bella Unión, no Uruguai.

O chefe do serviço de monitoramento de pragas da Argentina, Héctor Medina, tem divulgado os avanços dos gafanhotos pelo Twitter. Para ele, a nuvem está na mesma distância e direção das duas cidades.

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O destino dos insetos está ligado as condições climáticas, o que torna a cidade brasileira menos atrativa pela previsão de chuvas para os próximos dias. Os gafanhotos preferem o tempo quente e seco para se locomover.

Ontem (23), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, divulgou em seu Twitter que a pasta já está acompanhando a situação e tomara as medidas necessárias caso os insetos cheguem ao País.

No início da semana, a nuvem estava na cidade de Santa Fé, na Argentina, e ontem (23) se encaminhava para a cidade de Entre Ríos, ao sul de Corrientes, na fronteira com o Uruguai.

As nuvens contêm cerca de 40 milhões de gafanhotos que podem destruir plantações. Eles se agrupam para procurar alimento e boas condições climáticas, com ventos fortes, podem facilitar o seu deslocamento.

Gafanhotos do deserto

Essa movimentação de gafanhotos já é conhecida em países da África Oriental e no Iêmen, onde a situação é controlada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). Conhecido como a maior praga da agricultura, o gafanhoto do deserto (espécie que atua nessa região) ameaça a segurança alimentar desses países todos os anos.

Neste ano, a Índia já teve mais de 50 mil hectares destruídos pela praga. Recentemente, o problema ganhou repercussão nas redes sociais com a chegada dos insetos a áreas urbanas. Os gafanhotos chegaram à Índia pelas fronteiras do Paquistão.