A estrutura do futebol em Inglaterra anunciou um boicote de quatro dias, a partir de 30 de abril, às redes sociais como forma de protesto. Os clubes, da Premier League aos escalões amadores, e as instituições organizativas e sindicatos vão suspender a publicação de conteúdos nas respetivas páginas de Facebook, Twitter e Instagram numa manifestação coletiva de força e exigindo que sejam tomadas medidas para conter o discurso de ódio naquelas plataformas, principalmente sob a forma de mensagens dirigidas aos jogadores.

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Já em fevereiro, os responsáveis pelo futebol inglês assinaram uma carta dirigida a Jack Dorsey, do Twitter, e Mark Zuckerberg, do Facebook e Instagram, para pedir maior proteção aos protagonistas, incluindo filtros de conteúdos e bloqueios aos autores de mensagens racistas e discriminatórias.

Além das medidas punitivas, os responsáveis pedem que sejam implementados mecanismos mais apertados de verificação de identidade e maior assistência às autoridades nas investigações.

A organização do boicote pede ainda que o governo atue, aprovando maior regulação da Internet que obrigue as empresas de media sociais a proteger os utilizadores britânicos de conteúdos perigosos e ilegais.

O objetivo globalmente é terminar com mensagens racistas e difamatórias, que proliferam pelas redes sociais. O protesto assume várias formas, como o ajoelhar dos jogadores antes do início das partidas ou a disseminação de mensagens com apelo aos torcedores para mudarem a mentalidade e denunciarem situações de discriminação nas redes sociais.