O mercado paralelo no Rio de Janeiro tem ramificações em diversos setores, inclusive no serviço funerário. De acordo com uma reportagem do O Globo, essas empresas clandestinas já ocupam 37,73% do mercado no município, são pelo menos 20 ilegais e 53 cadastradas legalmente.

+ Cemitério do Rio inaugura monumento aos mortos pela covid-19
+ Criminosos sequestram trem na zona norte do Rio de Janeiro

O presidente das Empresas Funerárias do Estado, Leonardo Martins afirmou que diversas denúncias foram feitas, mas nunca fizeram nada. Segundo ele, uma lei municipal proíbe a instalação de funerárias em frente a unidades hospitalares, mas as clandestinas abrem como se prestassem outros tipos de serviços, como loja de material de construção, por exemplo.

 

Para a reportagem, Martins afirmou que há uma conveniência entre agentes dessas funerárias ilegais e funcionários de hospitais e até de funerárias legalizadas. Segundo ele, fica um funcionário da funerária ilegal em hospitais para abordar parentes de pessoas que faleceram. Eles cobram R$ 4 mil por um funeral. E já estão fechados com alguma outra funerária legalizada que cobra aproximadamente R$ 1,5 mil. O restante, a ilegal embolsa usando a legalidade cada empresa com a qual fez o negócio.

Martins disse que foi enviado aos cemitérios públicos e privados uma relação das funerárias legais do município para eles aferirem se a empresa é habilitada ou não, porém com a rotatividade das pessoas na administração isso acabou não sendo reforçado e os cemitérios acabam aceitando tudo porque não tem paciência de se certificar.