O avanço de 0,07% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em agosto reforça no mercado hoje as apostas em um viés de baixa para a taxa Selic no fim de 2019, para 4,50% ao ano, ante os 5,5% atuais, de acordo com as projeções de várias instituições financeiras após a divulgação do dado mais cedo. O índice acumula ainda alta de 0,66% no ano até agosto e de 0,87% em 12 meses.

O operador Jefferson Rugik, diretor-superintendente da Correparti, diz que essa possibilidade de um corte mais agressivo na Selic é favorável à valorização do dólar.

“O problema não é do fluxo especulativo para o Brasil, pois isso já não está vindo para cá em grande monta, mas o problema mais sério é a saída gradual que vem ocorrendo dos fundos estrangeiros que já estão aqui, em busca de melhores rentabilidades em outros mercados”, afirma o especialista. “Esses fundos vem saindo gradualmente a cada número ruim de nossa economia que indique um corte mais agressivo da Selic. Como a liquidez está muito fraca hoje, cada operação de um volume maior tem feito preço. Eles precisam comprar dólares para saírem daqui, trazendo pressão de demanda”, comenta Rugik.

Em alta desde cedo, o dólar à vista subia 0,65%, a R$ 4,1213 às 10h57. Já O dólar futuro de novembro estava em alta 0,35%, a R$ 4,1265.