Fundos de investimento são um dos canais mais recomendados por especialistas para quem deseja fazer o dinheiro render. Deixando as negociações a cargo de gestores profissionais, os riscos são menores para quem não tem tempo nem conhecimento para navegar no mercado financeiro. Levantamento da consultoria Economática mostrou quais fundos no varejo apresentaram a maior alta no primeiro semestre de 2019.

Entre os fundos de renda fixa, que buscam rendimentos com juros e índices de preços, a primeira posição ficou com o fundo de juros reais do Santander, que obteve retorno de 14,87% de janeiro a junho. Como a carteira é composta por títulos do governo atrelados à inflação, em especial de longo prazo, a crescente expectativa de queda dos juros impulsionou os resultados, diz o superintendente de investimento do Santander Asset Management, Cal Constantino. Quanto menores os juros, maior a valorização desses ativos.

Mesmo fazendo parte da renda fixa, o gestor destaca a volatilidade de fundos com essa alocação. “O prazo médio de vencimento da carteira está em quase nove anos. A cada 0,10 ponto porcentual que diminui na curva de juros, o fundo se valoriza quase 1%. E o contrário se aplica também.”

O fundo de ações de melhor desempenho foi o da Brasil Capital, com rendimento de 18,92%, acima dos 14,88% do Ibovespa, principal índice de ações no País. A alocação em torno de 20% no setor de energia foi o combustível para o bom resultado. “São investimentos que estão na carteira há anos. O fundo tem um caráter de investir mais estruturalmente nas empresas, somos muito fundamentalistas, olhamos em detalhe cada empresa”, conta André Ribeiro, sócio e gestor da Brasil Capital.

Na categoria de multimercados se incluem fundos com diversas características, já que eles não são obrigados a concentrar investimentos em nenhuma classe em especial. No caso do líder em rentabilidade do segmento, a estratégia básica é seguir o índice de ações americano S&P 500. O gerente de produtos da Western, Mauricio Lima, explica que, além do resultado das empresas, a sinalização de que os juros nos Estados Unidos deverão cair ajudou a alcançar a valorização de 18,92% no período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.