Os fundos de investimentos registraram saída líquida de R$ 63,05 bilhões em outubro de 2020, resultado que só fica atrás da retirada de abril passado, quando houve resgate de R$ 80,5 bilhões, decorrente dos impactos iniciais da pandemia. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 10, no boletim mensal de fundos de investimentos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Com essa saída de recursos no mês passado, a captação líquida no acumulado do ano caiu para R$ 134,84 bilhões, valor que ficou 46,15% abaixo do desempenho do mesmo período do ano passado, quando os fundos de investimentos tiveram aportes líquidos de R$ 250,4 bilhões.

Segundo a Anbima, esse movimento de retirada pode estar associado às incertezas no curto prazo, como o quadro fiscal e a volatilidade no mercado de ações somados ao aumento recente da inflação corrente em outubro, o que afetou a performance da carteira de títulos públicos prefixada.

As carteiras mais conservadoras do segmento foram as que sofreram o maior impacto. A subcategoria renda fixa duração baixa grau de investimento, com o maior patrimônio líquido (R$ 514,75 bilhões) teve resgate de R$ 19,22 bilhões no mês, acumulando uma saída de recursos de R$ 170,27 bilhões no ano.

Na ponta positiva, a subcategoria multimercados investimentos no exterior (IE)- com patrimônio líquido de R$ 532,51 bilhões – totalizou o melhor resultado em ingresso de recursos líquidos (R$ 2,99 bilhões em outubro) e acumula captação líquida de R$ 40,37 bilhões no ano.