O mercado financeiro brasileiro ganhou seu primeiro fundo na modalidade Venture Debt: o Brasil Venture Debt I. Com valor inicial de R$ 140 milhões, o fundo tem foco em startups inovadoras de qualquer segmento e que estejam em crescimento acelerado, com faturamento mínimo de R$ 4 milhões e máximo de até R$ 90 milhões anuais.

A meta é fornecer recursos para o crescimento sustentável desses negócios por meio de um produto de dívida personalizado, com prazos de pagamento, taxas e carência customizados e adequados à realidade financeira e operacional das empresas. “Nosso objetivo é a geração de valor. Somos a opção ideal para empresas que possuem um produto já aprovado no mercado, mas que ainda investem pesado no seu desenvolvimento e melhorias”, afirma Gabriela Gonçalves, CEO do Brasil Venture Debt.

O fundo conta com investidores como BNDES, BDMG, XP Investimentos, fundos focados em investimento de capital de risco e diferentes family offices. De acordo com Gabriela, hoje, as opções de empréstimo disponíveis de dívida para empresas sem histórico de lucratividade são praticamente inexistentes. Ou seja, o empreendedor fica com a venda de equity como sua única opção de financiamento. “O Venture Debt vem agregar valor para que esses empresários possam manter uma participação mais relevante do seu negócio no longo prazo”, diz.

Estão aptas ao fundo startups que já possuam escala mínima, que estejam tracionando e que já tenham recebido investimentos de Venture Capital ou de outros investidores institucionais. Outra característica da modalidade é que a dívida possui prazos definidos, que não vencem caso ocorra uma próxima rodada ou captação de recursos, permitindo um planejamento de longo prazo.