O fundador e ex-diretor da plataforma de negociação de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, concordou, nesta quarta-feira (21), em ser extraditado das Bahamas para os Estados Unidos para enfrentar acusações de fraude em Nova York, informaram veículos locais e americanos.

Nove dias após ser preso em sua casa em Nassau, Bankman-Fried compareceu a um tribunal de primeira instância na capital das Bahamas e prometeu não contestar um pedido de extradição feito pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Bankman-Fried pode viajar para Nova York ainda nesta quarta-feira, onde deve se apresentar para um juiz no Tribunal Federal de Manhattan.

O bilionário de 30 anos foi preso em seu apartamento em Nassau, em 12 de dezembro, a pedido de promotores federais dos Estados Unidos. Ele é acusado de enganar investidores e abusar de fundos que pertenciam aos clientes da FTX e sua unidade comercial parceira Alameda Research.

O grupo FTX foi criado em 2019 e se tornou um dos favoritos da indústria de moedas digitais. Até sua implosão em novembro, valia cerca de US$ 32 bilhões.

Bankman-Fried enfrenta oito acusações, incluindo conspiração, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e violações da lei de financiamento eleitoral.

Em um processo separado, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) o responsabilizou por violar as leis de valores.

“Ele estava orquestrando uma grande fraude há anos, desviando bilhões de dólares dos fundos de clientes da plataforma de negociação para seu próprio ganho pessoal e para aumentar seu criptoimpério”, disseram os promotores americanos.

Depois de passar uma semana na prisão de Fox Hill, em Nassau, ele compareceu ao tribunal na segunda-feira em meio a especulações de que resistiria à extradição. Mas a sessão foi interrompida e ele foi enviado de volta à prisão após consultar seus advogados locais e americanos.