O empresário David Neeleman vendeu parte de sua participação na Azul, companhia aérea que ele ajudou a fundar. As vendas foram feitas entre os dias 12 e 18 de março e comunicada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira (13).

Neeleman vendeu 9,3 milhões de ações preferenciais (sem direito a voto) das 11,4 milhões de ações que ele tinha. Ainda assim, ele segue como controlador da companhia, já que 622,4 milhões de ações ordinárias (com direito a voto) seguem em seu controle. Com isso, o total de sua participação caiu de 5,8% para 3,05% da empresa.

+ Moody’s rebaixa rating de Azul e Latam para Ba3; nota da Gol entra em revisão
+ Let’s fly away: o gigantesco desafio das companhias aéreas
+ Azul anuncia suspensão de operação em 11 bases

Segundo um comunicado da Azul, Neeleman deu, no passado, as ações preferenciais como garantia de um empréstimo pessoal de US$ 30 milhões, em 2019. Com o coronavírus e a queda nos papéis da companhia, a garantia da operação foi executada e o empresário precisou vender sua cota.

Nestes quatro meses do ano, os papéis da Azul já caíram mais de 78%, reflexo da devassa que o coronavírus causou no setor aéreo em todo o mundo.