Em 2018, a elite do funcionalismo público liderou o ranking das ocupações com maior rendimento entre os declarantes do Imposto de Renda. Entre os profissionais com as melhores remunerações estão: membros do Ministério Público e do Poder Judiciário; diplomatas; advogados, médicos e donos de cartório.

O levantamento, feito pelo G1, utiliza os dados do relatório “Grandes Números das Declarações do Imposto de Renda das Pessoas Físicas” divulgados recentemente pela Receita Federal. Os valores referem-se ao rendimento médio no ano de 2018, que foi declarado em 2019.

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Do total de R$ 3,01 trilhões declarados no ano passado, os rendimentos tributáveis somaram R$ 1,84 trilhão (59%).

Já os rendimentos isentos do pagamento de imposto de renda foram de R$ 957,3 bilhões (31%). A categoria com menor participação é a de rendimentos submetidos à tributação exclusiva na fonte que correspondeu a R$ 302,7 bilhões (10% do total).

Entre as dez ocupações com maior rendimento médio, seis são relacionadas à elite do funcionalismo público. No setor privado, os profissionais com as melhores colocações são médicos, atletas, pilotos de aeronaves e embarcações, atores e agentes do mercado financeiro.

No entanto, a reportagem do G1 explica que a presença dos donos de cartório no ranking deve ser analisada com cautela, já que o resultado é afetado por características específicas das regras contábeis e fiscais da atividade.

Já no ranking das ocupações com menor renda média, é percebido a presença de trabalhadores da indústria em atividades operacionais e prestadores de serviços em empregos que não exigem um elevado nível de escolaridade.

No aspecto das maiores isenções, o percentual tem uma grande variação dependendo da profissão, com taxas de 3,93% a 66,79%.O levantamento também revelou que algumas das ocupações mais bem remuneradas do país estão entre as que possuem mais isenções, como diplomatas, dirigentes de partido político ou organização, artistas, médicos e advogados.

Esses profissionais declararam um total de R$ 441 bilhões em rendimentos, sendo que R$ 280 bilhões foram isentos, o equivalente a 63,65% do total.