Os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atuam na cidade de São Paulo estão fazendo uma nova paralisação parcial no atendimento desde as 7h desta terça-feira, 9, contra o Plano de Descentralização do serviço anunciado pela Secretaria Municipal da Saúde, que propõe a expansão do serviço de 58 para 75 pontos, mas com a extinção de 31 bases.

A mobilização deve durar 48 horas e a categoria diz que pacientes não vão deixar de receber atendimento durante o ato. A Secretaria afirma que vai responsabilizar entidades se a paralisação afetar a população.

Segundo João Gabriel Buonavita, vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), houve uma reunião nesta segunda-feira, 8, com representantes da Secretaria Municipal da Saúde, mas a proposta apresentada pela pasta não atendia às reivindicações da categoria.

“Eles querem que uma comissão formada pelos sindicatos dos enfermeiros e dos servidores municipais e pelo conselho de enfermagem façam visitas às bases em um período de 40 dias. Diante da negativa de negociar de forma emergencial, resolvemos fazer a paralisação parcial”, disse.

Buonavita afirmou que a população não será prejudicada pela mobilização. “Mais de 90% das equipes de Suporte Intermediário de Vida (SIV) e de Suporte Avançado de Vida (SAV) vão continuar trabalhando. O plano de desmonte do Samu é que está prejudicando a população. As novas bases não têm espaço para a higienização das ambulâncias e dos profissionais. Não podemos jogar sangue no pátio das UBSs (Unidades Básicas de Saúde).”

A Secretaria Municipal da Saúde informou, em nota, que “acolheu as principais reivindicações apresentadas” e disse que lamenta que “as entidades de classe tenham optado por manter a ameaça de greve de um serviço essencial para o cidadão paulistano”.

A pasta disse que vai atuar para evitar impactos da mobilização para o serviço e que vai “responsabilizar as entidades por qualquer dano à população que essa greve venha a provocar”.