Por Sinead Cruise e Selena Li

LONDRES/HONG KONG (Reuters) – A equipe do Goldman Sachs está se preparando para anúncios de demissões nesta quarta-feira, quando o banco norte-americano inicia uma amplos cortes sobre sua força de trabalho de 49 mil pessoas.

As demissões, que devem representar a maior contração no quadro de funcionários do banco desde a crise financeira internacional, provavelmente afetará a maioria das principais divisões do Goldman, com seu braço de banco de investimento enfrentando os cortes mais profundos, disse uma fonte à Reuters este mês.

Pouco mais de 3 mil funcionários serão demitidos, disse a fonte em 9 de janeiro.

Os cortes começaram na Ásia nesta quarta-feira, onde o Goldman concluiu a redução de sua unidade de gestão de patrimônio e demitiu 16 funcionários em escritórios de Hong Kong, Cingapura e China, disse uma fonte com conhecimento do assunto. Pelo menos 8 funcionários também foram demitidos no departamento de análise do Goldman em Hong Kong, acrescentou a fonte, com demissões em andamento no banco de investimento e outras divisões.

Ainda há poucos sinais da agitação iminente nos principais centros do Goldman em Nova York ou Londres.

Os cortes no banco serão acompanhados por uma ampla revisão nas despesas com viagens e outros gastos, publicou o Financial Times nesta quarta-feira.

O Goldman Sachs não comentou o assunto.

O banco norte-americano tinha 49.100 funcionários no final do terceiro trimestre, depois de adicionar um número significativo de trabalhadores durante a pandemia.

O Goldman também está cortando pagamentos de bônus este ano para refletir as condições de mercado, com pagamentos esperados caindo cerca de 40%.

As comissões globais cobradas por bancos de investimento caíram quase pela metade em 2022, somando 77 bilhões de dólares em ganhos pelos bancos, segundo dados da Dealogic.