Funcionárias do Google estão se mobilizando para protestar contra a suposta proteção por parte da empresa de funcionários de alto escalão acusados de assédio sexual. Segundo diversos veículos de informação, a “Marcha das Mulheres” será nesta quinta-feira (1), com a participação de mais de 200 pessoas.

A suspeita do acobertamento de atos impróprios dos executivos foi revelada pelo New York Times na última semana. De acordo com a reportagem, o Google fez um acordo para demitir o criador do Android, Andy Rubin, após averiguar uma denúncia de assédio contra outra funcionária. Na saída, em 2014, Rubin teria recebido um bônus de US$ 90 milhões.

A reportagem ainda cita o nome de Amit Singhal, um vice-presidente sênior, de assédio contra uma funcionária, em 2015. Ele pediu demissão da empresa e também recebeu um bônus milionário, afirmou o jornal.

A matéria também trouxe nomes de outros executivos. Todos negaram as acusações.

Em resposta à reportagem, o Google disse que demitiu 48 funcionários, incluindo 13 ocupantes de cargos de direção, por acusações de assédio sexual, nos últimos dois anos.

Em um comunicado aos trabalhadores, a empresa de tecnologia afirmou que adota uma “linha dura” contra comportamentos inadequados e está “decidida a garantir um local de trabalho seguro e inclusivo.”

O Google ainda disse que a sua nova política obriga que todos os executivos revelem se estão se relacionando com colegas de trabalho.

“Nos últimos anos, fizemos uma série de mudanças, incluindo uma linha cada vez mais rígida sobre a conduta inadequada de pessoas em posições de autoridade.”