A mobilidade urbana de São Paulo deve se transformar ao longo dos próximos meses com a introdução de patinetes elétricas, também chamadas de scooters, nas vias. Segundo matéria da Folha de S.Paulo, esta segunda-feira (18) foi o último dia para que as empresas interessadas em operar o sistema entregassem a documentação na prefeitura da cidade. A abertura do novo mercado despertou a atenção de onze companhias, entre elas a Uber, Lime, Grin e Yellow. Juntas, elas somam mais de 100 mil veículos.

Na primeira etapa as empresas explicam os seus projetos, quantos patinetes pretendem implantar, prazos e abrangência. O poder público e as interessadas também discutirão melhorias e mudanças que podem ser feitas. A expectativa é que este processo leve três meses.

Como não existe regulamentação específica para este tipo de veículo, os patinetes elétricos seguirão as regras do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que permite o tráfego em ciclovias e ciclofaixas a no máximo 20 km/h, e em calçadas, com velocidade máxima de 6 km/h.

Também é permitido o uso na pista de rolamento, na faixa da direita, no mesmo sentido do dos carros. Já a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes defende que o tráfego seja proibido nas calçadas e a que tenha sua velocidade reduzida em ciclovias.

Para o vereador Police Neto (PSD), que coordena estudos e projetos sobre micromobilidade em São Paulo, as empresas podem fazer até 15 milhões de viagens pr dia. Ele baseia o dado a partir de um estudo do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), que levantou os percursos de menos de 5 km realizados diariamente por pessoas com idade entre 18 e 55 anos, trajetos com grande potencial de serem cobertos por bicicletas ou patinetes.