Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (18), o sistema previdenciário dos Estados encerrou 2018 com um rombo de R$ 70 bilhões. Dados de 15 governos que entregaram as informações ao Tesouro Nacional mostram que os contribuintes pagaram mais de R$ 40 mil para cada aposentado ou pensionista.

Outras nove unidades federativas com regimes previdenciários deficitários não informaram o valor coberto, mas fecharam 2017 precisando destinar a cada inativo verbas de tributos equivalentes a R$ 28 mil, segundo o anuário estatístico mais recente da Previdência.

Em cinco Estados (RS, MG, RJ, SC e ES) o peso dos aposentados e pensionistas já é maior que o dos servidores ativos, tanto em número quanto em valor despendido. Em outros dez, a situação já é de empate. A falta de receita suficiente para cobrir o buraco obriga a retirada de verbas de outros serviços públicos, como educação saúde e segurança.

Os Estados seguem critérios diferentes para fornecer os dados. Na média, cada aposentado ou pensionista recebe R$ 3 mil de benefício. A falta de equilíbrio cresce de forma superior à da economia brasileira. Segundo o especialista em contas públicas Guilherme Tinoco, de 2007 a 2016, o rombo dos regimes próprios de Previdência estaduais passou de 0,8% do PIB para 1,2%.