Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo fez um levantamento de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) comparando-os com as novas propostas da reforma da Previdência. Segundo o estudo, as mudanças da aposentadoria – estabelecendo uma idade mínima – afetará mais Estados desenvolvidos, que tem maior incidência de contribuintes se aposentando por anos de contribuição, um dos principais pontos de mudança proposto pela equipe econômica do governo Bolsonaro.

Como não há idade mínima para se aposentar no modelo vigente, o número varia por Estado. As unidade federativas com menores médias de idade para se aposentar estão concentradas no Sul e Sudeste. Santa Catarina tem a menor média, 53 anos para homens e 51 para mulheres.

São Paulo (56 anos), Paraná (55 anos) e Rio Grande do Sul (54 anos) são outros Estados cuja idade média da aposentadoria para homens está abaixo da mediana nacional, que é de 56 anos. A explicação para este fenômeno é que estes são locais são populosos e com mercado de trabalho mais desenvolvidos.

Dessa forma, com a proposta da reforma da Previdência de estabelecer idades mínimas para se aposentar – 65 anos para homens e 62 anos para mulheres – moradores de estados mais ricos seriam os mais afetados pela mudança.