Desde 2017, o número de produtores da raça Wagyu no Brasil – considerada uma das melhores do mundo – aumentou em 40% de acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos das Raças Wagyu (ABCW). A raça de origem japonesa chama atenção pela qualidade de sua carne, cujo índice de marmoreio (a quantidade de gordura entremeada na carne) é altíssimo, o que traz sabores e texturas únicos.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo, outro ponto vantajoso do animal é seu preço de venda. Com custo de criação de cerca de R$ 6 mil, a carcaça do boi pode ser vendida por até R$ 12 mil. Mesmo assim, alguns produtores colocam a “dificuldade” de criar o Wagyu como um dos principais fatores para não investir no animal.

A idade do abate elevada – de 28 a 30 meses –  e o alto tempo de confinamento de oito meses – quando o gado não pasta e somente se alimenta de ração feita de trigo, sorgo e aveia – faz com que produtores brasileiros acostumados com a raça Nelore não queiram investir na raça. Para efeito de comparação, o período para corte ideal do Nelore é de 18 meses, sendo que nem sempre é necessário um período de confinamento para esta raça de boi.

Segundo o IBGE, o Brasil tem atualmente 220 milhões de cabeças de gado. Destas, apenas 7 mil são Wagyu. O baixo número faz com que o Brasil importe a carne premium de países como Uruguai e Japão.