O PSDB do Rio confirmou nesta sexta-feira, 22, o nome do ex-prefeito Cesar Maia (PSDB) como vice na chapa do deputado Marcelo Freixo (PSB) na disputa pelo governo do Estado. Em nota, o presidente dos tucanos no Rio, Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados, porém, diz seu partido e o Cidadania, que formaram uma federação para a disputa das eleições deste ano, “não chegaram a um acordo em relação à formalização da chapa que disputará o governo do estado do Rio de Janeiro”. Defendeu, porém, o apoio ao candidato do PSB.

“O PSDB, partido majoritário nessa federação, encaminha a indicação do vereador e ex-prefeito Cesar Maia como candidato a vice- governador na chapa do deputado federal Marcelo Freixo (PSB). O Cidadania seguirá apoiando o ex-prefeito Rodrigo Neves, decisão que já havia sido tomada antes mesmo da formalização da federação entre os dois partidos”, diz.

A busca de apoio do PSDB e do grupo de Maia é uma das tentativas de Freixo de tornar sua candidatura mais acessível aos setores de centro e aos conservadores do Rio. Visto como um político historicamente ligado a pautas identitárias, o pré-candidato do PSB busca se posicionar como o nome mais competitivo para enfrentar o governador Cláudio Castro (PL).

Maia era cortejado pelo prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) para compor a aliança com o ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz e com Neves.

No início do ano, PDT, PSDB e PSD, encabeçados por Paes e por Rodrigo Maia se reuniram para costurar uma aliança em torno do nome de Neves ou Santa Cruz. Um acordo chegou a ser firmado entre os partidos. Os partidos de Gilberto Kassab e de Carlos Lupi decidiram, no entanto, “em comum acordo”, no início de abril, desfazer a aliança.

Sem decolar nas pesquisas e sem alianças relevantes, a menos de três meses das eleições, Santa Cruz desistiu da candidatura ao governo do Rio. Ele foi anunciado na quinta-feira, 14, como vice na chapa de Neves.

Cesar Maia se aproximou de Freixo e levou consigo a maioria dos tucanos – que são um partido pequeno no Rio. Com isso, o PSD ficou isolado, sem capilaridade nos municípios do interior do Estado e derrapando nas pesquisas.