Na Europa, o grupo alemão Henkell Freixenet é conhecido por um portfólio bem grande e variado de bebidas, de destilados de entrada que incluem vodka e batidas prontas a vinhos e espumantes da Itália, Espanha, França e Alemanha, de maior valor. Aqui, no Brasil, sua atuação está concentrada principalmente nesse segmento premium por conta da Freixenet, marca que integra o grupo Henkell desde 2018. São as garrafas de cava, o espumante espanhol produzido pelo método tradicional, que representam a principal fatia do faturamento. Aos poucos, no entanto, a operação brasileira vem expandindo as opções que oferece, sem perder o foco nesse consumidor de maior poder aquisitivo. E, com isso, vem crescendo rapidamente, acima das expectativas.

“É uma estratégia de construção de marca, de trazer novos produtos que não vão prejudicar esse posicionamento, mas que estejam alinhados às tendências”, disse Fabiano Ruiz, diretor-executivo da Henkell Freixenet no Brasil. O portfólio saltou de 30 para 60 produtos em 2020. Para este ano, a meta é chegar a 100. Ele inclui agora vinhos italianos, espumantes sem álcool e bebidas prontas, como a sangria. “O espumante sem álcool foi muito bem. Foram 18 mil garrafas no ano passado. Para 2021, a meta é chegar a 70 mil, e já vendemos 40 mil”, afirmou Ruiz, antecipando a alta demanda associada às festas de final de ano. A empresa também está lançando uma linha de vinhos espanhóis e alemães e opções de wine seltzer, bebida gaseificada à base de vinho, marcando a entrada no segmento de latas. Ruiz aponta ainda a escolha do design das garrafas, bastante “instagramáveis”, para reforçar o posicionamento de marca alinhada às tendências, mas com uma qualidade associada à tradição.

Claus Lehmann

“No Brasil, a marca é associada a espumantes de maior valor. ao trazer novos produtos, não podemos prejudicar esse posicionamento.” Fabiano Ruiz, diretor-executivo da Henkell Freixenet.

FÍSICO E DIGITAL O plano está dando certo. No ano passado, as vendas da empresa cresceram 62%. E a projeção para 2021 é fechar o ano com faturamento de R$ 85 milhões e um aumento de 80% em vendas. O e-commerce ganhou relevância, embora seja um complemento à venda em lojas físicas mais exclusivas, como o Empório Santa Maria, e às parcerias com sites como o Privalia e o Westwing. “São plataformas com produtos de maior valor agregado. Buscamos isso para continuar crescendo”, disse Ruiz.