Em pleno corte de fornecimento de gás russo e problemas na metade de seus reatores nucleares, o governo francês divulgou nesta quinta-feira(6) uma série de medidas para economizar 10% de energia em dois anos e 40% até 2050.

O Diário Oficial publicou um documento de 50 páginas com medidas como desligamento de anúncios luminosos durante a madrugada, com exceção das estações de transporte.

A bateria de propostas, em sua maioria voluntárias, tenta, nas palavras do presidente Emmanuel Macron, “ganhar em eficácia”, atacar “custos ocultos” e inclui um controle de temperatura: 19ºC em ambientes internos, como escritórios, e 14ºC em locais abertos, como estádios.

Para incentivar o teletrabalho, o governo vai aumentar os reembolsos aos funcionários desta modalidade. Também vai ceder “bônus” aos que compartilharem viagens de carro e pediu a funcionários públicos quem limitem sua velocidade a 110km/h nas rodovias.

Outras medidas incluem apagar luzes de monumentos durante a noite, cortar água quente dos edifícios administrativos, exceto dos chuveiros, e aumentar investimentos na renovação energética.

A França já havia se comprometido a alcançar a neutralidade de carbono para 2050, como toda a União Europeia (UE), para lutar contra a mudança climática, mas a guerra na Ucrânia colocou em evidência sua dependência dos hidrocarbonetos russos.

Desde o início da ofensiva russa em fevereiro, os apelos para a economia de energia se multiplicaram na UE e se intensificaram nas últimas semanas, com a proximidade de um inverno que pode ser difícil em caso de uma longa onda de frio.

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