O governo francês anunciou nesta terça-feira (20) que as “ações se intensificarão” contra o islã radical e anunciou a dissolução do coletivo pró-palestino Cheikh Yassine, “diretamente envolvido” na decapitação de um professor que exibiu caricaturas de Maomé.

“Não se trata de fazer novas declarações (…) São atos esperados por nossos concidadãos. Estes atos se intensificarão”, afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, durante discurso na prefeitura de Bobigny, a nordeste de Paris.

Neste sentido, Macron anunciou que o coletivo pró-palestino Cheikh Yassine, cujo fundador, Abdelhakim Sefrioui, está detido por causa das investigações, seria dissolvido na quarta-feira no Conselho de Ministros.

“As decisões deste tipo sobre associações (…) se sucederão nos próximos dias e nas próximas semanas”, acrescentou o chefe de Estado.

Samuel Paty, professor de história e geografia, foi decapitado na sexta-feira em Conflans-Sainte-Honorine, a noroeste de Paris.

Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, ele foi alvo de uma “fatwa”, decreto religioso emitido pelo pai de um aluno e o pregador Sefrioui por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé durante um curso sobre liberdade de expressão.

O agressor, Abdoullakh Anzarov, um russo de origem chechena de 18 anos, foi morto pela polícia francesa pouco após o ataque.

A investigação do crime avança e já há 16 pessoas em prisão preventiva, entre elas cinco estudantes do ensino médio.