PARIS (Reuters) – A França está em choque com o estupro e assassinato de uma menina de 14 anos no sul do país, poucas semanas após o assassinato brutal de uma menina de 12 anos em Paris.

A polícia prendeu na sexta-feira um homem de 31 anos suspeito de estuprar e matar a menina, chamada Vanesa, depois de forçá-la a entrar em seu carro quando ela saía da escola em Tonneins. Ele deixou o corpo em uma casa abandonada, mas foi rapidamente identificado por meio de imagens de câmeras de segurança, disseram as autoridades.

O promotor de Agen, no sul da França, disse a repórteres no sábado que, quando a polícia foi prender o homem em seu apartamento na cidade de Marmande, no sul do país, ele disse: “Eu sei por que vocês estão aqui” e confessou.

As autoridades disseram que o homem fora condenado a 15 dias de prisão por agressão sexual a outra menor em 2006, quando o suspeito tinha apenas 15 anos. A execução de sua sentença de prisão foi suspensa.

A morte ocorreu apenas algumas semanas depois que a França foi abalada pelo brutal assassinato de uma menina de 12 anos chamada Lola, cujo corpo espancado foi encontrado em uma mala do lado de fora de sua casa em Paris.

A principal suspeita do caso, uma mulher de 24 anos, foi acusada de assassinato, estupro e atos de tortura.

O assassinato de Lola se tornou uma fonte de tensão política, com partidos de oposição aproveitando o perfil da suspeita –uma imigrante ilegal– para exigir políticas de imigração mais rígidas.

Em ambos os casos, a oposição de extrema-direita criticou as autoridades judiciais e políticas por serem brandas com o crime e não fazerem o suficiente para manter indivíduos perigosos fora das ruas.

Dante Rinaudo, prefeito de Tonneins, disse a repórteres nesta segunda-feira que os pais da menina, de origem colombiana, querem enterrar a filha em Granada, na Espanha, onde a família morou vários anos antes de se mudar para a França.

Ele disse que lançou uma arrecadação de fundos online para apoiar a família e organizaria uma marcha para a vítima na sexta-feira.

(Reportagem de Geert De Clercq)

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