O Fórum das Associações Empresariais Pró-Desenvolvimento do Mercado de Gás Natural (Fórum do Gás) emitiu uma nota em favor da continuidade do processo de venda de ativos da Petrobras. A posição é uma reação ao pedido formal do Ministério de Minas e Energia para que a Petrobras suspenda por 90 dias os “novos processos de desinvestimento” e, eventualmente, aqueles “em trâmite ou não concluídos”.

A continuidade das vendas de ativos da Petrobras implicaria em aumento do número de fornecedores de gás, celebração de acordos para o acesso às infraestruturas essenciais e incremento do número de usuários dos gasodutos de transporte e da disponibilidade de gás natural.

“Um dos principais desafios para o desenvolvimento do setor é o aumento da produção de gás natural e a ampliação da infraestrutura essencial para o seu escoamento, processamento e transporte. Em que pesem as dificuldades iniciais de um mercado concorrencial ainda em formação, os novos supridores têm conseguido ofertar gás a preços mais competitivos, até 40% menores em relação aos ofertados pela Petrobras”, diz a nota.

São mencionados os objetivos do acordo vigente entre Petrobras e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pela busca de maior diversidade de agentes; aumento da oferta; e ampliação da concorrência. Esse receituário, diz o Fórum do Gás, tende a produzir preços mais competitivos e, por isso, atrai mais investimentos com retornos econômicos e sociais.

Assinam o documento 11 entidades, entre as quais a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro); a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace); a Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Somam-se a esses atores entidades correlatas e outras que reúnem agentes do mercado de óleo e gás diretamente beneficiadas pela abertura do mercado.