O Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos autorizou a participação de oligarcas russos sob sanções dos Estados Unidos, condição imposta por Moscou para participar deste evento com uma delegação oficial.

“Estou satisfeito de anunciar que, depois das discussões com todas as partes afetadas (…), podemos receber autoridades políticas e empresários de todos os países do G20 (…) e que a Rússia também enviará uma delegação de alto nível do governo para Davos”, afirmou, em nota, o diretor-geral do WEF, Alois Zwinggi.

Sob pressão de Washington, os organizadores de Davos haviam vetado o magnata do setor de alumínio Oleg Deripaska, o presidente do banco público VTB Andrei Kostin e o proprietário da companhia de investimentos Renova, Viktor Vekselberg.

Muito incomodado com a exclusão desses três empresários ligados ao presidente Vladimir Putin, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ameaçou, no mês passado, boicotar a edição de 2019 e não enviar uma delegação oficial russa.

Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, celebrou a mudança.

“Comemoramos que o Fórum Econômico de Davos e seus dirigentes tenham entendido nossa posição, segundo a qual é inadmissível ter uma atitude seletiva com os empresários”, disse à imprensa.

O diretor-geral do WEF explicou que, em caso de participação de “indivíduos sob sanções” na delegação russa, “seriam tomadas todas as medidas necessárias para assegurar que sua presença é totalmente de acordo com as condições judiciais em curso”.

O Fórum Econômico de Davos acontece nessa estação suíça entre 21 e 25 de janeiro próximo.