O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, voltou atrás no que vinha dizendo e nesta quarta-feira afirmou que o Brasil poderia ter vacina ainda este ano ou em janeiro. Além de ter que aguardar a aprovação do imunizante da Pfizer, outra dificuldade estaria no armazenamento, que exige refrigeradores com temperatura de -70ºC.

Porém, fornecedores nacionais de equipamentos de refrigeração para hospitais e laboratórios dizem estar preparados para atender à demanda pelos congeladores especiais que serão necessários.

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De acordo com representantes destas empresas, a maior dificuldade não estará na armazenagem, mas no transporte das vacinas. A Pfizer disse ao Ministério da Saúde que dispõe de contêineres portáteis para distribuição das ampolas.

Encomendas só poderão ser feitas depois que o Ministério da Saúde chegar a um acordo com a Pfizer e os detalhes forem conhecidos. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Carlos Lula, secretário do Maranhão, só cidades maiores que atuariam como centros de distribuição precisariam dos equipamentos.

A empresa francesa Air Liquide, que atua no setor de gases industriais e é uma das maiores produtoras de gelo seco para refrigeração no país, diz que há mais de um mês discute internamente um plano de operação. A empresa avalia recorrer a turnos de 24 horas para atender a demanda se for necessário.