O cruzeiro feito pelo executivo Tevfik Arif na semana passada próximo a Antalya, na costa da Turquia, não acabou bem. Assim que o luxuoso iate Savarona atracou em terra firme o mundo de Arif caiu. Ele foi abordado e preso por policiais turcos. O motivo? Ser suspeito de participar de uma rede de prostituição no País, segundo a mídia internacional. A notícia da prisão não deixaria as fronteiras do território turco se o senhor Arif em questão não fosse o principal executivo do Bayrock Group LLC. 

 

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A empresa, responsável pela construção do Trump Soho e do Trump International Hotel and Tower, faz parte do conglomerado imobiliário do bilionário midiático Donald Trump. A notícia caiu como uma bomba em Nova York, onde Arif fica baseado. A polícia suspeita que o passeio fazia parte de um cruzeiro sexual. 

 

Um dos oficiais envolvidos na operação – que não quis se identificar – disse que quando a equipe da polícia entrou no iate encontrou os passageiros ainda na cama, camisinhas por todos os lados, mas nenhum vestígio de drogas ou mesmo equipamentos de vídeo que pudessem ser usados para chantagear os envolvidas na orgia marítima. 

 

O porta-voz do governo da cidade de Antalya afirmou, na semana passada, que Arif foi preso com outros nove empresários e dez mulheres russas e ucranianas (entre elas duas menores). 

 

A operação foi resultado de uma investigação de sete meses da polícia local. Segundo a imprensa inglesa, cada empresário pagou US$ 10 mil para participar da escapada em alto-mar. O iate é avaliado em cerca de US$ 60 milhões e possui 16 suítes, cinema e heliponto. 

 

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Barco do amor: o iate Savarona, que transportava Tevfik Arif (acima ao lado de Donald Trump), outros nove

empresários e supostas prostitutas, na costa turca, está avaliado em US$ 60 milhões e possui 16 suítes, cinema e heliponto

 

O advogado do executivo, Engin Agyuslu, afirma que seu cliente é vítima de uma armação e que irá se defender legalmente. Segundo ele, o processo teria falhas jurídicas, porque envolveria escutas telefônicas ilegais. A direção do grupo Bayrock não se pronunciou sobre as acusações envolvendo o executivo. 

 

Escândalos sexuais têm sido uma constante não só no mundo corporativo, mas também no político, com conse-quências que vão do “deixa pra lá” à demissão e renúncia dos envolvidos. 

 

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Entre os mais recentes está o caso de Eliot Spitzer. Governador de Nova York, ele foi derrubado do cargo pelas confissões da cafetina brasileira Andreia Schwartz. Segundo ela, Spitzer teria gasto US$ 80 mil com profissionais que prestavam serviço a Andreia. Com o escândalo, o político teve que renunciar ao cargo em março de 2008. O senador republicano Larry Craig, em 2007, e o deputado Randy Cunningham, em 2006, todos republicanos, também tiveram problemas ao serem pegos com acompanhantes. 

 

Em 2009, Silvio Berlusconi também foi envolvido em escândalos sexuais com prostitutas que teriam frequentado festas no palácio Grazioli, residência oficial do primeiro-ministro em Roma, e na Villa Certosa, sua mansão localizada na Sardenha. 

 

Por último, Mark Hurd, então CEO da HP, pediu demissão em agosto deste ano após seu nome ser envolvido em um suposto escândalo de assédio sexual envolvendo a ex-atriz pornô Jodie Fisher. Ela seria funcionária terceirizada do escritório de Hurd — um mês depois da sua demissão, foi contratado pela Oracle. Pelo menos, Tevfik Arif tem a quem pedir conselhos.