O foguete europeu Ariane 5 realizou seu lançamento de número 100 nesta terça-feira, da Guiana Francesa, um momento simbólico para o programa, que concorre com a empresa americana SpaceX

Ariane decolou às 19H38 local (19H38 Brasília) e minutos depois conseguiu colocar em órbita dois satélites de telecomunicações para três operadores: o gigante Intelsat, o japonês Sky Perfect JSAT e a Azercosmos, do Azerbaijão.

Este também foi o lançamento número 300 da Arianespace desde o primeiro voo de um foguete Ariane, em 1979. A empresa lançou também da Guiana Francesa o foguete russo Soyuz e o foguete leve europeu Vega.

Em serviço há 22 anos, Ariane 5 tem uma boa reputação. Mas entre 2020 e 2023 será substituído por Ariane 6, mais polivalente e barato.

Até hoje, o Ariane 5 conseguiu fazer decolagens perfeitas em 94 de 99 ocasiões. Mas o começo não foi fácil: em seu voo inaugural, em 1996, o foguete explodiu pouco depois do lançamento.

Sua versão pesada ECA também teve um grande fracasso no primeiro voo, em 2002. “Demoramos três anos para estar à altura”, disse em entrevista à AFP Hervé Gilibert, atual diretor técnico do ArianeGroup.

“Mas desde nosso retorno, nos transformamos em líderes mundiais no mercado comercial de satélites”, com esse foguete que permite principalmente lançamentos duplos.

O foguete europeu viveu uma era de ouro, enquanto os lançadores americanos se concentraram no mercado institucional doméstico.

Mas a criação da SpaceX, de Elon Musk, com voos institucionais e comerciais a bordo do Falcon 9, impôs uma grande concorrência para o Ariane, principalmente com relação aos preços.

A Europa reagiu desenvolvendo o Ariane 6, com preço de produção 40% menor que seu antecessor. Mas a SpaceX superou a Arianespace em número de lançamentos em 2017.