O prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, pediu ajuda aos governos estadual e federal contra os incêndios florestais que ocorrem na fronteira entre a Argentina e o Brasil. O município gaúcho sente os efeitos das queimadas, como fuligens, ardência nos olhos e má qualidade do ar.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Bonotto disse que os incêndios na cidade argentina de Santo Tomé são “absurdos e incontroláveis”, com mais de 800 mil hectares devastados.

+ Registros de queimadas sobem 42% de 2017 a 2020 no Brasil

O prefeito relata que bombeiros brasileiros trabalham há mais de 48 horas para controlar as chamas, que ganharam novo ímpeto ao atingir plantações de pinos e eucaliptos. Bonotto afirmou que a estiagem assola diversas regiões no Rio Grande do Sul, o que torna preocupante a situação.

A província argentina de Corrientes vive uma verdadeira catástrofe, com a devastação de flora e da fauna, que queimam há quase dois meses. A seca e a falta de chuva são intensificados pelo fenômeno climático La Niña.

Os incêndios atingiram o Parque Nacional do Iberá, uma das maiores reservas de água doce do mundo que abriga uma imensa diversidade de animais silvestres.