O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (4) mostrou manutenção da mediana para Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, em 5,04%. Há quatro semanas, a estimativa era de alta de 5,15%. Para 2022, a previsão de expansão do PIB continuou em 1,57%. Quatro semanas atrás, estava em 1,93%.

Considerando apenas as 27 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para a PIB no fim de 2021 subiu de 5,02% para 5,09%. Para 2022, foram feitas 27 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa avançando de 1,50% para 1,55%.

Para 2023, a projeção de crescimento permaneceu em 2,20%, de 2,35% há um mês. Já para 2024, a estimativa permaneceu em 2,50%, a mesma taxa de quatro semanas atrás.

O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à pouca quantidade de respostas para esse indicador.

Dívida e déficit primário

O Relatório Focus também mostrou hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 caiu de 61,00% para 60,95%. Há um mês, estava em 61,15%. Para 2022, a expectativa passou de 62,97% para 62,95%, ante 63,07% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda manutenção na relação entre o déficit primário e o PIB este ano, que continuou em 1,50%. No caso de 2022, a estimativa seguiu em 1,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,57% e 1,10%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 passou de 5,80% para 5,75%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, continuou em 6,36%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 6,10% e 6,30%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro diminuíram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 70,70 bilhões para US$ 70,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 70,80 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit seguiu em US$ 63,00 bilhões, mesmo montante previsto há um mês.

Na última sexta-feira, dia 1º, o governo também diminuiu a estimativa para o saldo comercial em 2021 de US$ 105,3 bilhões para US$ 70,9 bilhões. Ainda assim, o número permanece 34,3% superior ao de 2020.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 continuou em déficit de US$ 2,00 bilhões, ante US$ 1,15 bilhão de um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo nas contas externas passou de US$ 17,00 bilhões para US$ 18,55 bilhões. Um mês atrás, o déficit projetado era de US$ 15,00 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 foi de US$ 50,00 bilhões para US$ 50,50 bilhões. Há um mês, estava em US$ 54,00 bilhões. Para 2022, a expectativa continuou em US$ 62,00 bilhões, ante US$ 65 bilhões de um mês antes.