O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a Argentina apresente forte desaceleração em 2023, com crescimento econômico de apenas 0,2%. No ano passado, o país apresentou expansão de 5,2%.

“Na Argentina, o motivo da grande revisão para baixo da produção para 2023 é muito claro. É uma queda massiva, e está tendo um grande impacto na economia”, explicou o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em coletiva de imprensa, no período da manhã desta terça-feira, quando a instituição divulgou seu relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês).

Segundo ele, esse impacto tende, porém, a ser “transitório”.

Para 2024, a expectativa do organismo, com sede em Washington, é de uma aceleração da economia argentina para uma avanço de 2,0%.

“Na frente da inflação, vimos algum progresso, mas é claro que os recentes desafios econômicos realmente nos levaram a revisar para cima”, disse Gourinchas.

O FMI espera que a inflação da Argentina salte de 72,4% no ano passado para 98,6% em 2023. Para o ano seguinte, o Fundo vê o índice em 60,1%.