O fluxo total de veículos pelas praças de pedágio nas estradas recuou 18,4% em março, na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais, informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria Integrada. O indicador contempla o efeito de apenas dez dias de quarentena pela covid-19.

A queda é maior que a vista na greve dos caminhoneiros em maio de 2018 e a maior desde a criação do índice em 1999. Mantida a comparação mensal dessazonalizada, o índice de fluxo de veículos leves apresentou queda de 22,7% e o de pesados recuou 4,1%.

“O índice de março captou os primeiros impactos do coronavírus e das políticas de saúde em prol do isolamento social, que passaram a ter grande volume de adesão a partir do dia 20. Dessa forma, esse contexto influenciou de forma mais substancial o tráfego nas estradas pedagiadas no término do último mês”, afirma Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria.

Além dos dados de março contemplarem apenas parcialmente as consequências da pandemia do coronavírus, o impacto no setor ainda foi amenizado pelo fato de que parte dos caminhões estava em viagens longas ou cumprindo transportes previamente programados.

Como explica o especialista, “atividades essenciais seguem em funcionamento integral ou reduzido, o que influencia na continuidade, ainda que limitada, do fluxo pedagiado de caminhões”.

Na comparação com março do ano passado, o fluxo total de veículos caiu 19,3%. Os leves registraram baixa de 26,3%. Já o fluxo dos pesados cresceu 3,1%.

No acumulado do ano até março, o fluxo total de veículos nas estradas pedagiadas caiu 4,8% e o dos leves, 6,7%. A circulação dos pesados, ao contrário, cresceu 1,3%.

Nos 12 meses encerrados em março, o fluxo total de veículos cresceu 2,1%, o dos leves, 1,5% e o dos pesados, 3,8%.