A vitória por 3 a 0 sobre o Independiente del Valle, do Equador, garantiu ao Flamengo o título da Recopa Sul-Americana. A conquista de quarta-feira (26) foi a primeira, em nível internacional, dentro do Maracanã, no Rio de Janeiro – nas demais, como as Libertadores de 1981 e 2019, o Rubro-Negro levantou a taça fora de casa.

Gabriel e Gerson (duas vezes) balançaram as redes diante de 64,5 mil torcedores, maior público do ano no futebol brasileiro. Aliás, com o gol que abriu caminho para a vitória, Gabigol empatou com Fred, hoje no Cruzeiro, como maior artilheiro do Maracanã após a reinauguração do estádio, em 2013, com 30 gols. Foram 27 pelo Flamengo e três pelo Santos.

O técnico Jorge Jesus também atingiu uma marca significativa: cinco títulos em nove meses: Recopa, Supercopa do Brasil, Taça Guanabara, Brasileirão e Libertadores. São mais taças do que derrotas (quatro) no comando rubro-negro. “Essas decisões em 10, 15 dias eu nunca tive na minha carreira desportiva. Fomos vencedores em todas. Também pelo fato de estarmos nas decisões, estamos habituados a conviver com pressão”, destacou Jesus, em entrevista coletiva após a partida.

Dessas cinco conquistas, três (Supercopa, Guanabara e Recopa) vieram em apenas 10 dias. Curiosamente, e guardadas as proporções, intervalo menor que a trinca de taças alcançada pela equipe de 1981, de Zico e companhia, que em cerca de 20 dias foi campeã carioca, da Libertadores e Mundial.

“Quando cheguei ao Flamengo, logo tive a noção do que era o Flamengo, que é um dos três maiores clubes do mundo em termos de torcedores. Mas não uma das maiores do mundo por não ganhar títulos. Agora, com a maior torcida e com títulos, o Flamengo caminha para ser um dos maiores do mundo”, encerrou o técnico rubro-negro.