O aumento do preço do petróleo e a expectativa da retomada economia mundial aqueceu o mercado de trabalho no setor de petróleo e gás fluminense, revela o levantamento ‘Oportunidades no mercado de petróleo, gás e naval no Estado do Rio de Janeiro’, feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Conforme a análise, o primeiro trimestre do ano registrou um crescimento de 100% no número de vagas em relação ao último trimestre de 2020. Somando os dois trimestres, o volume de vagas é maior que o período de fevereiro a junho de 2020.

“Enquanto no quarto trimestre de 2020 foram abertas 215 oportunidades de emprego; de janeiro a março deste ano, a Firjan detectou a abertura de 474 vagas no mercado de petróleo e gás fluminense”, informou a entidade.

O estudo levou em conta informações de vagas nos sites das empresas do mercado situadas no Estado do Rio, além dos sites de busca de oportunidades, como o LinkedIn.

Conforme os dados registrados pelas empresas, em fevereiro de 2020, início da pandemia no País, havia 375 vagas. No mês de junho do mesmo ano, foram apenas 5 oportunidades mapeadas, confirmando o impacto da crise sanitária no Brasil.

‘A recuperação a partir do segundo semestre de 2020, mesmo que parcial, está atrelada principalmente a conjuntura internacional do aumento do preço do barril de petróleo e a expectativa de retomada econômica mundial, com o avanço das campanhas de vacinação no combate à pandemia da covid-19’, destacou Fernando Ruschel Montera, coordenador de Relacionamento de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Qualificação

De acordo com a entidade, os avanços regulatórios alcançados no cenário nacional também começam a refletir na tendência de surgimento de novas vagas. Também foi possível observar que, com a aceleração no ritmo de divulgações de vagas, a maioria exige um elevado grau de qualificação.

O levantamento registrou que 56% das vagas formais no primeiro trimestre de 2021 foram destinadas ao nível superior completo. Para trabalhadores com curso superior em andamento foram 15% das oportunidades. Nível técnico registrou 14% e Ensino Médio, 8% das vagas. Entre as ocupações de nível superior destacam-se analistas, engenheiros e estagiários universitários.

Houve também o aumento na participação do Ensino Médio no total de vagas ofertadas no comparativo entre primeiro trimestre de 2021 e o último trimestre de 2020. Cargos como operador, assistente, auxiliar, jovem aprendiz, inspetor, projetista, entre outros, normalmente exigem somente o Ensino Médio como formação.

Mesmo com uma grande preferência por profissionais com formação completa com nível superior e técnico, o estudo confirmou que há oportunidades para estudantes (estagiários) tanto para curso superior quanto para profissionalizante.