A Fiocruz recebeu nesta quarta-feira, 2, bancos de células e de vírus necessários para produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional necessário para a produção da vacina Covid-19 na Fiocruz. O material, vindo dos Estados Unidos, desembarcou no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão), às 8h03. Após desembaraço aduaneiro, seguiu para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), onde o imunizante de Oxford/AstraZeneca será produzido.

O banco de células foi enviado em nitrogênio líquido, mantido a uma temperatura de aproximadamente -150ºC. O banco de vírus veio em gelo seco, a cerca de -80ºC. Os dois componentes compõem a base para a produção do IFA. O material, considerado o “coração” da tecnologia, chega no dia seguinte à assinatura do contrato de transferência de tecnologia, que ocorreu na tarde de terça-feira, 1º.

“Foram meses de intensa negociação, discussão e troca de informações técnicas com a AstraZeneca”, afirmou Maurício Zuma, diretor de Biomanguinhos, onde o imunizante será produzido. “Esse é um momento muito importante para todos nós, para o Brasil. Estamos incorporando uma nova plataforma tecnológica que vai nos permitir no futuro desenvolver e produzir novas vacinas para novas doenças. É um grande passo para a nossa soberania nacional nessa área de produção de vacina.”