Qualquer pessoa chegando na Finlândia a partir de um “país de risco” na pandemia do coronavírus deverá cumprir 14 dias de auto-isolamento, sob pena de multa ou três meses de prisão em caso de descumprimento. O anúncio foi feito por ministros finlandeses nesta segunda-feira (10).

Até o momento, o país nórdico se limitava a recomendar a quarentena aos recém-chegados, sem penalidades estabelecidas.

Segundo a ministra da Saúde, Krista Kiuru, os viajantes também podem passar por testes obrigatórios de COVID-19. Ela afirmou que as medidas serão implementadas o mais breve possível.

A decisão se dá após uma série de relatos nos últimos dias de aviões vindos da Europa Oriental e dos Bálcãs com passageiros infectados ou que se recusaram a fazer o teste.

No começo do verão, o número de casos de coronavírus era muito baixo, mas nos últimos sete dias foram registrados 135 contágios.

“O número de infecções surpreendeu a todos nós”, disse Kiuru em entrevista coletiva na segunda-feira, enquanto as autoridades de saúde culpavam os recém-chegados do exterior por parte do aumento de casos.

“Temos discutido se podemos interromper voos de países de risco. Estamos investigando isso”, afirmou Kiuru.

As novas medidas serão aplicadas a viajantes provenientes de todos os países exceto aqueles inclusos na “lista verde” da Finlândia, que são os que registraram menos de oito novos casos por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas.

Atualmente 25 países se encaixam nesse critério, incluindo Irlanda, Japão, Grécia, Chipre e Uruguai.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Finlândia tem uma das taxas de incidência do vírus mais baixas da Europa, com apenas três novos casos por 100 mil habitantes.